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25 junho, 2008

atravessa II

Um livro me mandou
Olhar pela janela vou
Ver a cidade sem
Saber se contemplo mais
A rua ou os pessoais

Lê esse poema
e atravessa essa tela
atravessa suas veias ou artérias
atravessa uns miolos perdidos
o ar dos pulmões
a Amazônia
o Atacama


enquanto te atravesso
entrando pelas retinas
saindo na contra mão

passo insônia
eu passo a mil
e uma noite paSSa

2 comentários:

rOdrigO disse...

travesseiro

sou um ponto
de interrogação
na sua mão?

acho que nao...
sou mais
de exclamação!

profuso, difuso
confuso...

veja o círculo
da imaculação
do tempo reverso
do infinito
do inscrito
do prefixo
do verso

mas,eu vos digo:
nao há mensagens
subliminares
apenas palavras
que não tem
lado certo
são difusas
por isso
é que me
atravessam

luciene disse...

quem conseguir atravessar
chegará onde poucos chegaram
pode ser lento
ou rápido
cada um com seu cada um
eu estou longe, ainda