bem-vindo/ bienvenido/ welcome


03 dezembro, 2009

AMANHÃ

mas antes das provas finais
e das festas finais
esse ano ainda tem
sexta-feira dia  4, AC/DC no River Plate...
...e EU VOU! rsrsrsrsrsrrrsrsrsrsrsrsrsrs
atravessar da UBA direto pra lá.
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"Ávidos de ter, homens e mulheres caminham pelas ruas.
As amigas sonâmbulas, invadidas de um novo a mais querer,
Se debruçam banais, sobre as vitrines curvas.
Uma pergunta brusca, enquanto tu caminhas pelas ruas.
Te pergunto: E a entranha?
De ti mesma, de um poder que te foi dado
Alguma coisa clara se fez? Ou porque tudo se perdeu
É que procuras nas vitrines curvas, tu mesma,
Possuída de sonho, tu mesma infinita, maga,
Tua aventura de ser, tão esquecida?
Por que não tentas esse poço de dentro
O incomensurável, um passeio veemente pela vida?


Teu outro rosto. Único. Primeiro. E encantada
De ter teu rosto verdadeiro, desejarias nada."


(Hilda Hilst)

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29 novembro, 2009

FRONTEIRA

***


Meu coração conheceu uma linda chilena que canta muitas canções encantadas por la luna. Depois de La chica de ipanema y Oh que sera, cantou Frontera, de Drexler. Não conhecia a canção mas penso que isso não seria o importante, mesmo porque de Santiago ao Rio de Janeiro, existem muitas bahias. Eu quero trocar figuras. Milton por Gepinto. A gente troca a gente ouvi a gente quer amor. E La Paz se proxima. Pero, mi corazón es brasileño, ahora e na hora da nossa musica en la cuidad de la furia: Buenos Aires!




Yo no se de donde soy,
mi casa está en la frontera,
y las fronteras se mueven como las banderas.
Mi patria es un rinconcito del canto de una cigarra.
Los dos primeros acordes que yo supe en la guitarra.

Soy hijo de un forastero y de una estrella del alba,
y si hay amor me dijieron,
si hay amor me dijieron,
la distancia se salva.

No tengo muchas verdades, prefiero no dar consejo.
Cada cual por su camino, que igual va aprender de viejo.
El mundo está como está, por causa de las certezas.
La guerra y la vanidad comen en la misma mesa,
la guerra y la vanidad en la misma mesa.

Soy hijo de un desterrado y de una flor de la tierra,
y de chico me enseñaron,
pocas cosas que sé del amor y de la guerra.


***

05 outubro, 2009

valsa chata

minha saudade
fala através de mim

ela me possui

alimenta
instrui
alenta

suja
lava
seca
e passa
meu linho

não é
tristeza
não é
ressaca
e não é
o antónimo
"dissos"

é aquilo que a gente vira
quando ela mesma ensina
sobre ser o mundo: vida,
repleta de detalhes
possessivos de uma língua,
sobre ser a minha vida:
o meu mundo,
expansível
leve
carregável
nos ombros

minha saudade é assim
ela é que fala por mim

22 setembro, 2009

Florecer

faz lembrar Florida Paulista...
e é bom,
eu bebo da agua...


'Florecer
en silencio,
sintiendo el calor de la tierra por entre mis venas
tocar a tu puerta por primera vez,
despertaron las hadas que estaban durmiendo
y esperando el tiempo de extender sus alas.

Perecer
por momentos,
la vida deja de ser vida
y paso a ser torrente,
y bebes de la fuente
que es la esencia mía.'
(Claudia Stern)

09 março, 2009

dessa alma brasileira
até bandeira dá bandeira
chico na cabeceira
lenine na brincadeira
amigos no coração
tipo colonização
portuguesa
amazonia me preserva
reserva exportação




"Jack Soul Brasileiro
Do tempero, do batuque
Do truque, do picadeiro
E do pandeiro, e do repique
Do pique do funk rock
Do toque da platinela
Do samba na passarela
Dessa alma brasileira
Eu despencando da ladeira
Na zueira da banguela..."

20 fevereiro, 2009

As aparências enganam

(de Sérgio Natureza/Tunai)


As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
porque o amor e o ódio se irmanam na fogueira das paixões
os corações pegam fogo e depois não há nada que os apague
se a combustão os persegue, as labaredas e as brasas são o alimento,
o veneno e o pão, o vinho seco, a recordação dos tempos idos de comunhão,
sonhos vividos de conviver
.
As aparências enganam, aos que odeiam e aos que amam
porque o amor e o ódio se irmanam na geleira das paixões
os corações viram gelo e, depois, não há nada que os degele
se a neve, cobrindo a pele, vai esfriando por dentro o ser
não há mais forma de se aquecer,
não há mais tempo de se esquentar
Não há mais nada pra se fazer,
senão chorar sob o cobertor
.
As aparências enganam, aos que gelam e aos que inflamam
porque o fogo e o gelo se irmanam no outono das paixões
os corações cortam lenha e, depois, se preparam pra outro inverno
mas o verão que os unira, ainda, vive e transpira ali
Nos corpos juntos na lareira, na reticente primavera
no insistente perfume de alguma coisa chamada amor.