e não ser ponte
estar com o coração
mais pra lá
que pra cá
Aliás
o corpo inteiro,
a mão que telefona
e abre e-mail
Agora,
mais pra cá,
onde a cor é outra
também o corpo quer ser outro
mas está proibido
pelas leis mais naturais
alguma coisa resiste por fora
ocupa um lugar
e o que existe por dentro, transforma
também o tempo quer ser outro
outra estranha relatividade
A poesia é o colete salva-vidas
A poesia é o vento
que vai daqui pra lá
e vem de lá pra cá
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No vendaval infinito
percorrem o ciclo
algumas figuras altamente
teatralizáveis e sensíveis.
Figuras voam, figuras vagam
a fim de que as encontremos: