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30 janeiro, 2008

Mas pra que te contar

Ah,
Se eu estivesse
Num desses avarandados
Numa dessas praias pouco visitadas
Com o corpo torto
No tecido duma rede,
Ou o corpo torto
No tecido da canga estendida na areia
Pouco vento, pouco sol,
E os seus livros a mão.

Depois,
Se eu pudesse
Guarda-los
Na mala, na bolsa
Ou joga-los

E então,
Eu chão,
Você, verso torto em mãos,
Cuidadosamente tateado.

Ah
Se...Sei
Nós
Não seremos
Palavras, tempo, medo, prosa.

Por enquanto,
Imprimo correspondências
Pra fazer mural no corredor

Um comentário:

rOdrigO disse...

o que me oprime mesmo são esses comandos: faça um comentário! Eu bem que queria não faze-los. Comentários não combinam com poesias. Mas, por enquanto, eu os faço com o esforço de meus dedos ao teclado. Faço calado para dizer pouco. Mas não faço pouco do que li (nas entrelinhas da interpretação). Gosto desses poemas de tom assim anemo. Ora! Sou tão vulnerável a eles... são as imagens, são as imagens...de se ver estendido livre com os livros...de se ver preso ao mural...