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13 agosto, 2010

FOME





   Romance FOME de Knut Hamsun, de 1890.
Título do original norueguês: Sult.
Tradução de Carlos Drummond de Andrade.
Editora Delta, Rio de Janeiro, 1963.

Ilustrações de G. Lambert.



"Traços semelhantes, bem humanos, e ainda outros, em vez de debilitar, reforçam a impressão causada pelo conteúdo clássico da narrativa. Dissipam a apreensão que poderíamos sentir ao ver o ideal cintilando a expensas da verdade; garantem a sinceridade do desenho, a verdade das imagens e dos personagens. O que encerram de humanidade geral não escapa a ninguém. A prova está no acolhimento que esta obra encontrou em povos de língua, caráter e de costumes diferentes. Além disso, pela leve tintura de humor sorridente, que o autor põe nos traços mais tristes de sua narrativa, ele próprio nos mostra como se compadece da natureza e do destino humanos. Ao narrar, porém, não se afasta nunca da mais completa serenidade artística. O estilo despojado de vãos ornamentos capta com segurança e clareza a realidade das coisas, e aí vamos encontrar, sob forma pessoal e vigorosa, toda a riqueza de tonalidades da língua materna do escritor" ( trecho retirado do discurso de recepção pronunciado pelo Dr. Harald Hjarne, no dia 10 de Dezembro de 1920, por ocasião da entrega do Prêmio Nobel de Literatura ao escritor norueguês Knut Hamsun, por sua obra Os Frutos da Terra.)  




"Posso deter-me de novo para escutar o murmúrio da floresta. Serão ondas do Egeu, a sussurrarem a meus ouvidos? Será a torrente Glima? De tanto ficar assim a escuta, sinto-me enfraquecer; assaltam-me recordações de minha vida, milhares de alegrias, músicas, jogos e flores. Nenhum esplendor é comparável ao murmúrio da floresta, a esse balanço, a essa loucura: Uganda, Tananarive, Honolulu, Atacama, Venezuela..." (Knut Hamsun)

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